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Monica Veloso
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Vitória histórica na luta pela igualdade de gênero

Por Monica Veloso - Vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região  04 jul 2023

No ranking global de desigualdade social, o Brasil ocupa o 94° lugar. Em relação as mulheres, a projeção é que levaremos 132 anos para fechar a lacuna de gênero na sociedade. Os dados fazem parte do relatório do Fórum Social Econômico de 2022.

No que se refere ao mercado de trabalho. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a diferença salarial entre homens e mulheres voltou a crescer no Brasil, atingindo 22% no final de 2022, ou seja, 1 mulher no Brasil recebe em média 78% do que ganha um homem estando no mesmo cargo e assumindo as mesmas funções.

Enfrentar as desigualdades sistêmica, patriarcal e racializada, que afetam principalmente as mulheres, é um desafio urgente e estrutural. Para que ele seja possível, com 68 dias de governo, no dia 08 de março, o Presidente Lula apresentou um plano com 25 estratégias programáticas de promoção, inclusão, e proteção às mulheres brasileiras.

A mais importante foi sancionada nesta segunda-feira, 3. Trata-se da Lei de igualdade salarial, um forte instrumento que tem o objetivo de corrigir o profundo abismo entre homens e mulheres no mercado de trabalho. O trabalho decente e a participação da mulher em condições de igualdade de oportunidades é um passo fundamental para alcançarmos a justiça social.

É imprescindível nos apropriarmos dessa vitória histórica na luta pela igualdade de gênero, e tornar essa ferramenta pública uma realidade na vida profissional das mulheres, ampliando sua aplicação nas convenções e acordos coletivos. O movimento sindical, com a força das trabalhadoras, pode e deve ser um forte aliado dessa política pública, que trará transformação econômica e social a vida das mulheres trabalhadoras.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07