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Temer quer emplacar reforma da Previdência logo após eleições

Por Cristiane Alves | 25 set 2018
Foto: Lula Marques-Ag.PT

Temer trama novo golpe: aprovar a reforma da Previdência logo após as eleições. Foto: Lula Marques-Ag.PT

Eles não desistiram de tirar o direito do trabalhador se aposentar. Michel Temer pretende procurar o presidente eleito para procurar aprovar a Reforma da Previdência, assim que passar as eleições. Foi o que disse Temer nesta segunda-feira, 24, a empresários, em jantar em Nova York. Ficou claro qual era o prato principal do cardápio: os nossos direitos.

“Tenho a certeza de que, ao procurá-lo [o presidente eleito], ele atentará para o fato de que a medida é indispensável. Isso não é essencial para um governo: é essencial para o Brasil”, disse, ao alertar sobre o déficit previdenciário brasileiro. Temer disse acreditar na continuidade da agenda de reformas coordenada por seu governo. “[Tenho] confiança na nossa democracia, na solidez de nossa economia, na nossa capacidade de crescer com justiça social”, completou.

Questionado por jornalistas após o discurso se há tempo hábil para votar a reforma da Previdência este ano, o presidente respondeu que acha possível. “Vou tentar naturalmente. Acho que pode ser que seja possível, porque os deputados e senadores não terão aquela preocupação legítima de natureza eleitoral. Todos sabemos que se não fizer a reforma da Previdência, daqui a dois ou três anos vamos legar um Estado em condições terríveis”, disse.

Temer também abordou o assunto no Twitter. “Quero anunciar que, passadas as eleições, buscarei fazer a reforma da Previdência. O déficit previdenciário é elevado demais. Não podemos legar, a nossos filhos e netos, um sistema de Previdência sob ameaça, nem um orçamento que seja quase todo tomado por gastos previdenciários”, disse ele na rede social.

Isso demonstra que é fundamental eleger um candidato cujo projeto de governo esteja comprometido com os trabalhadores, focado no enfrentamento da crise, mas, ao mesmo tempo, que barre o retrocesso em direitos trabalhistas e sociais. Além disso, a vigilância e mobilização nas ruas terá de ser reforçada logo após as eleições para barrar uma reforma da Previdência que seja feita sem discussão com a sociedade e que privilegie os interesses do capital financeiro. [com Ag.Brasil]

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07