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Jorge Nazareno
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Um mês de retrocessos e ameaças

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 16 jun 2016

opiniao-barra-jorgeO governo interino de Michel Temer completou um mês no domingo, 12. O balanço não poderia ser pior. A cada dia, Temer confirma que o seu projeto de governo, intitulado Uma Ponte para o Futuro, na verdade, é uma ponte para o passado de flexibilização de direitos, falta de participação social e concentração de renda, para a ordem neoliberal em que o privado vale mais que o público.

O primeiro mês será coroado com o envio ao Congresso Nacional de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que corta os gastos com Saúde, Educação, seguro-desemprego, salário mínimo, aposentadorias, Loas (Lei Orgânica de Assistência Social) e muitos outros.

Se cumprido o que o jornal o Estado de S.Paulo adiantou, nos próximos dez anos, as despesas com estes pagamentos serão corrigidas apenas pela inflação. Na prática, é menos que, por exemplo, os 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação hoje destinados pela legislação. Para isso, Temer vai desmanchar um conjunto de leis dos governos Dilma e Lula, que davam sustentação a políticas de distribuição de renda e justiça social.

Ainda que muitos achassem que a saída da presidenta Dilma Rousseff fosse uma solução, numa velocidade muito acelerada, eles vão ter a confirmação de que Dilma deu lugar a uma política que arrocha as condições de vida dos trabalhadores, sejam eles do chão de fábrica ou da classe média. Só a elite ganha com Temer.

Por isso, a luta nas ruas vai ganhar cada vez mais força. Não aceitamos retrocesso e o primeiro deles é a própria gestão de Michel Temer.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
[email protected]

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08