Amanhã, 20, o Copom dará início à reunião que definirá se a taxa básica de juros (Selic) vai permanecer nos atuais e proibitivos 14,25% ou se vai subir ainda mais. Sim, porque baixar, que seria a única opção sensata, é uma hipótese praticamente descartada. A Força Sindical, ao lado das demais Centrais, fará, às 10:30 horas, um ato em frente ao prédio do Banco Central (Av. Paulista, 1.804), em protesto contra os juros altos e abusivos.

A postura do governo frustra tanto os trabalhadores como o setor produtivo, achata os salários, enfraquece ainda mais a produção e o consumo, torna o crédito mais caro, faz crescer o já enorme contingente de desempregados no País e inibe o PIB.

Privilegiar banqueiros e os grandes especuladores em detrimento dos trabalhadores brasileiros, que veem seus salários não durar até o final do mês e a ameaça de demissões rondando seus lares, não vai levar a economia nacional a lugar nenhum.

Para combater a crise, é necessária a viabilização de um projeto de desenvolvimento para o País que traga contrapartidas para os trabalhadores, reduzir os juros, investir pesado no parque produtivo, gerar empregos de qualidade e promover uma distribuição de renda mais justa.

MIGUEL TORRES
Presidente da CNTM e do
Sindicato dos Metalúrgicos de SP