Em breve, estaremos iniciando a Campanha Salarial 2016 e sabemos que teremos muitas dificuldades para garantir o aumento salarial, diante da postura conservadora dos patrões, que estão aproveitando a crise para propor reformas na legislação trabalhista e na Previdência Social, com objetivo de tirar direitos e benefícios e reduzir custos.

A luta dos metalúrgicos por suas reivindicações nunca foi fácil e não será agora que vamos recuar. Vamos buscar a reposição das perdas e também aumento real, porque entendemos que é com mais salário e mais empregos que o Brasil vai superar a crise. Portanto, a unidade na luta é mais do que fundamental. Quando o Sindicato convocar esteja presente nas assembleias e manifestações.

Até lá, os trabalhadores precisam se manter mobilizados pelos seus direitos. Os patrões querem a flexibilização, entenda-se redução de direitos, da CLT e da Constituição.

Em nome da modernidade, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson de Andrade, propôs aumentar a jornada de trabalho de 44 para 80 horas semanais. Esta ideia absurda, além de indignar o movimento sindical, reacendeu a luta pelas 40h semanais, sem redução salarial. O momento é este: contra os patrões das 80 horas trabalhadores exigem 40 horas semanais, já, sem redução dos salários!

Miguel Torres
Presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos
de São Paulo e Mogi das Cruzes

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