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Metalúrgico com deficiência é destaque na Meritor

Por Auris Sousa | 05 mar 2013

Com 28 anos de idade, o metalúrgico Fabio Feitosa tem uma trajetória de vida digna de respeito. Um rapaz alto e magro que carrega no rosto um olhar sereno e sincero. Dos desafios que a vida lhe proporciona consegue extrair o melhor que pode, de forma exemplar.

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Sua luta diária pela superação vem desde os 14 anos de idade, quando brincava sobre um trator, que tombou e caiu sobre uma de suas pernas, deixando-o deficiente físico. Mas isso não foi empecilho para que se qualificasse e conquistasse o seu espaço no mercado de trabalho. Tanto que hoje é tido como um dos melhores trabalhadores da Meritor, em Osasco.

O reconhecimento vem de sua disciplina e vontade de crescer profissionalmente. “Procuro fazer as coisas certas, ser correto. Temos que fazer por onde para não sermos tratados de modo diferente por termos alguma deficiência”, conta.

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Antes da metalúrgica, ele trabalhou nos Correios por três anos. Também atuou em uma fábrica de mangueiras, mas se encontrou no setor metalúrgico. Cheio de planos, ele pretende fazer um curso superior de gestão de qualidade. Isso porque pretende crescer dentro da empresa, que corriqueiramente abre seleção interna.

Descriminação existe – Por usar prótese, a deficiência de Fabio passa despercebida aos olhos de muitos. Por este motivo que, frequentemente, tem que comprovar nas filas que tem preferência. “Tenho que mostrar a perna para provar que sou deficiente”.

Por dentro do Sindicato – O companheiro aprova o trabalho que o Sindicato desenvolve em prol da contratação de pessoas com deficiência, entre elas a de conscientização quanto a importância da inclusão no local de trabalho. Para ele, desta forma mais pessoas com deficiência vão conseguir um emprego. “O pessoal deve dar mais votos de confiança, porque precisamos trabalhar e somos capazes”, ressalta.

Ações pela inclusão – Em relação ao seu local de trabalho, o metalúrgico se diz satisfeito em trabalhar em uma das empresas que mais contratam pessoas com deficiência. “[A Meritor] valoriza e sabe que a gente é capaz”, ressalta.

Ele diz isso frente às ações realizadas pela empresa para contratar cada vez mais pessoas com deficiência. O gestor da Meritor Fabio Brandão explica que em 2011 fez um mapeamento de toda a fábrica, que mostra os setores que podem receber os trabalhadores com deficiência e as devidas adequações que devem ser feitas nas máquinas.

A experiência na inclusão também colaborou para empresa montar estratégias para ampliar ainda mais a produção. “Nossa produção estava baixa na área de forno, porque tinha muita conversa. Remanejamos o setor e dois trabalhadores com deficiência auditiva passaram para área. A conversa acabou e a produção melhorou”, explica Brandão.

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