A derruba de direitos vai entrar com força total na pauta de votações do Congresso, assim que terminar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Isso fica mais claro a cada dia, ainda mais com declarações como da líder do governo interino no Senado, Rose de Freitas (PMDB-ES), que, na semana passada, disse que a reforma da Previdência e da máquina estatal devem ser priorizadas, após a votação.

Tudo isso mostra que precisamos fortalecer a unidade dos trabalhadores para enfrentar todos os cenários que se avizinham. Se a presidenta Dilma for mesmo afastada – ainda que injustamente – Michel Temer terá maioria no Congresso e junto a empresários para impor reformas que vão na contramão de tudo que vinha sendo construído em termos de direitos sociais neste país.

Ou seja, um retrocesso se avizinha, a começar pela Previdência Social – com instituição de idade mínima e unificação de idades entre homens e mulheres -, passando pela flexibilização dos direitos trabalhistas e chegando no corte de verbas para Saúde, Educação. Temer e o conjunto de forças que o apoia buscam imprimir um desmonte de mecanismos como o ProUni, Universidade para Todos, como bem salienta o diretor do Cursinho da Poli, Gilberto Alvarez.

Ainda é possível reverter o processo de impeachment e a semana é decisiva para tal. Ao mesmo tempo, temos de fortalecer nossa articulação porque o projeto de ataque aos nossos direitos conta com muitos apoios. Só poderemos responder com luta.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
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