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Jorge Nazareno
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Crescimento às nossas custas não é desenvolvimento

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 25 maio 2016

opiniao-barra-jorgeNestes dias de montagem do governo provisório de Michel Temer, queremos que os trabalhadores estejam atentos às diferenças, aos discursos, às medidas e aos apoios a toda a enxurrada de mudanças que o governo pretende colocar em prática. Vamos levar essa reflexão e a luta, vamos intensificar a mobilização nas portas de fábrica a partir desta semana.

A primeira delas é a reforma da Previdência, com a instituição de uma idade mínima para a aposentadoria e a unificação de idades para mulheres e homens.

Outra é a não abertura de novas vagas para o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego) e também de novos financiamentos para o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), conforme a imprensa divulgou na segunda-feira, 23. Vistos como gastos – e, não investimento no país – os programas sofrem cortes.

Além disso, também está nos planos do governo a retomada das privatizações, a começar pelas estradas, portos e aeroportos. O governo também pretende entregar às empresas a exploração do pré-sal e demais campos de petróleo.

Tudo isso mexe com a nossa vida, direta e indiretamente. Mexe no nosso direito a aposentadoria, no direito de nossos filhos de ter condições para cursar uma faculdade. Mexe no patrimônio nacional que é a Petrobras. Abre o país para a exploração internacional.

Tudo isso busca dar um embalo inicial ao governo provisório para que toda a população pense que nossos problemas estão resolvidos. Pelo contrário, isso nos cria mais problemas porque retira direitos, ou seja, o crescimento que Temer pretende será às nossas custas. Estejam atentos e participem da luta contra todos essas ameaças e para que o governo Temer seja realmente provisório. Um projeto de Brasil concentrador de renda volta a ganhar força.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08