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Jorge Nazareno
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A seletividade e a democracia

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 07 abr 2016

opiniao-barra-jorgeAo que tudo indica o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff será apreciado por uma Câmara dos Deputados cujo presidente, o deputado Eduardo Cunha, é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa, por ter negado possuir contas no exterior, em depoimento à CPI da Petrobras. Além disso, no final de semana, a mídia internacional divulgou que Eduardo Cunha está relacionado com uma das empresas abertas em paraísos fiscais, em geral, para sonegar impostos – são as chamadas offshores.

Mas, mesmo assim, não são poucas as vozes que dizem: Eduardo Cunha é um mal menor, é preciso se concentrar em tirar Dilma.

Ao mesmo tempo, tivemos também na semana passada a confirmação de que o foco da Lava-Jato são os governos do PT. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, em palestra a empresários, Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da força-tarefa da Lava-Jato, disse: “Um ponto positivo que os governos que estão sendo investigados, os governos do PT, têm a seu favor é que boa parte da independência atual do Ministério Público, da capacidade administrativa, técnica e operacional da Polícia Federal decorre de uma não intervenção do poder político”. Note que ele disse “os governos que estão sendo investigados, os governos do PT”.

Fica claro que o que interessa não é o necessário fim da corrupção, mas o fim de um projeto de desenvolvimento para o Brasil. Temos de lutar contra o golpe.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08