As centrais sindicais voltam ao debate com o governo interino de Michel Temer sobre as propostas para a reforma da Previdência Social, nesta terça-feira, 28. Os trabalhadores encaminharam propostas que visam garantir caixa para a Previdência e não retirar direitos dos trabalhadores, mexendo em regras como a idade ou o tempo de contribuição, como anuncia o governo interino de Michel Temer.

A ideia parte de um presidente que se aposentou aos 55 anos e que recebe mensalmente R$ 9.300, desde 1996, de acordo com o colunista da Folha de S.Paulo, Elio Gaspari.

As contradições são muitas. Temer propõe unificar idades e colocar idade mínima de 70 anos. E é preciso começar por elas. Por isso, as centrais cobram a revisão das desonerações da folha de pagamento, das isenções às entidades filantrópicas; além da tributação do agronegócio, a melhoria da fiscalização da Previdência Social, por meio do aumento do número de fiscais em atividade, e o aperfeiçoamento da gestão e dos processos de fiscalização, entre outras propostas.

Precisamos estar atentos a esse debate e não permitir que mexam no nosso direito. Não podemos nos deixar levar pela ideia de que é preciso mudar as regras a qualquer custo, senão não haverá mais dinheiro para aposentadorias. É um terror que busca nos fazer aceitar a perda de direitos. E as centrais não podem se permitir entrar num debate de cartas marcadas. O trabalhador tem direito a todo um sistema de seguridade social, que nos garanta a aposentadoria, os benefícios acidentários e tudo mais para o que contribuiu. Vamos lutar contra mais este ataque, contra o atraso.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
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