FIQUE SÓCIO!

Opinião
COMPARTILHAR

Gleides Sodré

Por Auris Sousa | 24 maio 2012

TAGS

Opinião

 

 

 

 

É preciso intensificar a luta contra exploração sexual infantil

No mês que comemoramos o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos informou que, de janeiro a março deste ano, foram registradas 2.165 denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes. Em média, isso significa mais de 700 casos por mês.

O número mostra a necessidade de mobilizar a sociedade para combater o abuso e violência sexual de crianças e adolescentes. É bom salientar que essa violência pode atingir um número superior aos casos efetivamente registrados, já que muitos deles não chegam a ser denunciados.

O fato é que esse assunto requer atenção e compromisso por parte da família, do movimento sindical, dos governantes e de toda sociedade, só assim será possível garantir a integridade de nossas crianças, garantindo-lhes um futuro isento de traumas. Como também uma sociedade melhor, porque a sequela deixada pelo abuso e exploração sexual não atinge apenas a vítima, mas todos nós.

Logo, a vigília para assegurar os direitos das crianças deve acontecer o tempo todo. Essa atenção deve ser redobrada, especialmente durante os grandes eventos, como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo, já que o turismo sexual é um grande problema em nosso país.

Não podemos deixar as nossas crianças e adolescentes a mercê dessa violência e permitir que esses crimes fiquem impunes. Daí a importância do movimento sindical participar das ações contra a exploração sexual infantil. A Seccriança (Secretaria Nacional da Criança e do Adolescente) da Força Sindical tem procurado cobrar políticas públicas que garantam os direitos e dignidade de crianças e adolescentes.

Em defesa das crianças, também existem o Disque 100, para denunciar violências contra crianças e adolescentes, e os Conselhos Tutelares, que agem para garantir a integridade deles.  Por isso, se você desconfiar ou souber de algum caso, disque 100 ou procure o Conselho Tutelar mais próximo. Denuncie e colabore para que crimes como esses não fiquem impunes.

Gleides Sodré é secretária nacional da Criança e do Adolescente da Força Sindical e diretora licenciada do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região.

Leia também: 

Carinho e responsabilidade

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07