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Fausto Augusto Júnior
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Salário mínimo e o pobre no orçamento

Por Fausto Augusto Júnior - Diretor técnico do DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos 24 jan 2023

Em 18/01, aconteceu em Brasília um momento importante para o país. Após de anos sem serem recebidos pelo governo federal, Centrais Sindicais e sindicatos voltaram ao Palácio do Planalto para apoiar a luta democrática e buscar soluções para a melhoria de vida dos trabalhadores. Várias questões foram discutidas, mas a central foi o salário mínimo.

Fundamental para melhorar a distribuição de renda no Brasil, o salário mínimo é referência para o rendimento de cerca de 60 milhões de pessoas. Em 2004, as Centrais, através de movimento unitário, lançaram a campanha de valorização do salário mínimo, com a realização de três marchas a Brasília. Como resultado, foi acordada em 2007 uma política permanente de valorização do salário mínimo, que garantiu, enquanto vigorou, aumento real de 74,33% a essa remuneração. Sem a política, hoje o mínimo seria de R$ 950,00.  Em 2019, o governo Bolsonaro abandonou a regra e, em 2020, o reajuste não repôs nem a inflação.

No encontro com sindicalistas, o presidente Lula assinou a instalação da comissão de valorização do salário mínimo, visando retomar a política de valorização do salário mínimo para garantir aumento acima da inflação. O retomo da política, como prometido, começa a recolocar os mais pobres no orçamento. Cabe agora colocar o rico para no imposto de renda.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #30