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Fausto Augusto Júnior
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Nossos direitos estão em risco

Por Fausto Augusto Júnior - Diretor técnico do DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos 19 ago 2021

A proposta de reforma administrativa (PEC 32) do governo federal tramita no Congresso Nacional. Se for aprovada, vai piorar a vida do brasileiro. Isso porque abre espaço para privatizar e terceirizar os serviços públicos gratuitos, que o Estado é obrigado a garantir à população; e pode acabar com a estabilidade no emprego do servidor público.

Para aprovar a proposta, o governo usa falsos pretextos, como fez nas reformas da Previdência e trabalhista. Diz que precisa cortar custos e vai acabar com privilégios. Mas, se passar, a reforma vai destruir os serviços públicos, fundamentais para a população, como ficou ainda mais claro na pandemia; enfraquecer o combate à corrupção, pois, sem estabilidade, o servidor terá receio de denunciar os crimes; não porá fim a privilégios, já que boa parte do funcionalismo está longe de ter grandes salários, ou seja, ganha até três salários mínimos, e não cortará custos, porque o maior gasto do governo é com os juros da dívida pública.

A reforma também não vai melhorar a economia. O governo precisa é iniciar projetos de desenvolvimento e colocar recursos para mover o país, como fez com o auxílio emergencial.

A retirada de direitos sociais básicos está em jogo. Em 18/08, servidores públicos organizarão um dia de paralisações e protestos em todo o país. É preciso apoiá-los. Nossos direitos estão em risco!

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #30