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Jorge Nazareno
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1º de maio: dia de reflexão e luta

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 04 maio 2018

Há 50 anos, os trabalhadores colocavam o 1º de maio de 1968 nas páginas da história de resistência à ditadura. Organizados no MIA (Movimento Intersindical Antiarrocho) e tendo o grupo de esquerda de Osasco entre suas lideranças – que incluía militantes como José de Campos Barreto e José Ibrahin – os trabalhadores se organizaram para boicotar o 1º de maio promovido pela ditadura na Praça da Sé, em São Paulo. Estudantes e trabalhadores liderados pelo grupo de Osasco infiltraram-se entre o público do evento e iniciaram um tumulto quando o governador biônico Roberto de Abreu Sodré já estava no local. Sodré, seus assessores e até a polícia foram expulsos do palanque, que foi incendiado pelos ativistas.

Cinquenta anos depois, o Dia do Trabalhador é celebrado em meio a uma série de novos retrocessos que também arrocham os salários dos trabalhadores, reduzem a qualidade de vida e precarizam as relações de trabalho. Conhecer a história de lutas dos trabalhadores, com seus erros e acertos, é fundamental para não nos deixarmos levar por discursos fáceis que buscam esvaziar a importância da luta para a conquista dos direitos que temos hoje e diminuir a importância dos sindicatos neste processo.

Por isso, convidamos os companheiros e as companheiras a participarem do lançamento da biografia de José Ibrahin, na próxima quarta-feira, 2. Será um momento de reflexão e conhecimento para nos fortalecer para enfrentarmos as lutas que temos pela frente. Conhecimento, debate, organização e ação são os nossos instrumentos de luta e devemos valoriza-los neste Dia do Trabalhador. Ótimo 1º de maio a todos!

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #12