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Comissão instalada na Câmara é um golpe contra os brasileiros, diz Cida Lopes

Por Auris Sousa | 24 mar 2015

Com fome de mudanças, com fome de igualdade e sede de democracia. Foi assim que Cida Lopes, militante do Plebiscito Popular pela Constituinte, se colocou contra o debate instalado na Comissão Especial sobre a Reforma Política na Câmara dos Deputados, que tem afastado a possibilidade de colocar fim ao financiamento privado das campanhas eleitorais. “A Câmara defende o ponto que estamos mais combatendo”, enfatizou em entrevista ao Visão Trabalhista em Debate.

Para Cida, a Comissão, instalada em 10 de fevereiro, quer institucionalizar o financiamento privado. “É um golpe o que eles estão fazendo contra o povo brasileiro, para se perpetuarem no poder e o grande capital continuar dizendo o que ele quer para o Brasil”, reforçou Cida que lembrou que existe no STF (Supremo Tribunal Federal) uma ação contra a constitucionalidade do financiamento privado. A maioria dos ministros votou favorável ao fim do financiamento privado, mas a questão está parada nas mãos do ministro Gilmar Mendes, que pediu vistas da ação.

O financiamento privado nas campanhas possibilita uma batalha desigual entre os candidatos numa eleição. Isso porque aqueles que têm apoio dos empresários conseguem mais dinheiro para financiar suas campanhas, ganham mais visibilidade. “Este candidato ao compor o Congresso, ele vai defender os direitos de quem? Dos trabalhadores, do povo brasileiro, claro que não? Vai defender os direitos das empresas que o financiou para ele ser eleito”, alerta Cida.

Exemplo disso é o atual Congresso. “Não representa a classe trabalhadora, não representa o povo brasileiro, mas representa as grandes empresas que estão no nosso país explorando o trabalho, explorando o trabalhador e explorando as riquezas do nosso país, as nossas riquezas”. Por isso que os movimentos sociais brigam por uma reforma política de fato.

Democracia e transparência – No ano passado, quase 8 milhões de brasileiros, inclusive metalúrgicos da região, mostraram que querem a convocação de um plebiscito sobre uma constituinte exclusiva para uma reforma política no país. “Os votos dão legitimidade para esta constituinte se instale, com mandato determinado, que discuta junto com a sociedade. Se ficar nas mãos deste congresso não vãos mudar nada, nada, nada”, enfatizou Cida.

Assista ao programa na íntegra:

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #12