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Jorge Nazareno
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Violência não é o caminho da democracia

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 03 abr 2018

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O atentado contra a caravana do ex-presidente Lula, ocorrido no Paraná, na terça-feira, 27, acende várias luzes de alerta a todos nós que lutamos por um país democrático e desenvolvido.

Claramente foi uma atitude de quem prefere recorrer à força do que ao diálogo para defender suas ideias. Uma atitude autoritária que colocou em risco a vida do ex-presidente e de todos aqueles que o acompanhavam. Repudiamos com toda a força e indignação tal atitude, demonstração que o Brasil das elites persiste e se impõe pela violência.

Alerta para o risco que corre a nossa democracia, num ano eleitoral como é 2018, deixa claro que essas forças extremamente conservadoras estão dispostas a tudo, inclusive a matar, para manter seus privilégios. É inaceitável que em pleno 2018 tenhamos que lidar com baionetas ao invés de argumentos em um debate sobre projetos para o Brasil. Se há discordâncias com o projeto que Lula representa, que elas sejam contrapostas por meio do debate, do convencimento, e não da bala.

O fato não só demanda uma resposta das autoridades em relação a punição de seus autores, mas também requer que aja de parte de todas as lideranças do Poder Público, partidos, movimentos sociais, sindicais, brasileiros a defesa do diálogo, do debate e da Política enquanto espaço para o exercício da cidadania e do respeito.

É preciso que todos nós nos comprometamos com estes princípios; caso contrário, o ano eleitoral de 2018 pode se tornar um ano trágico, marcado pela violência e a intolerância, não o ano de fortalecimento da Democracia que queremos.

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #23