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Clemente Ganz
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Trabalho e equidade de gênero

Por Clemente Ganz - Diretor técnico do Dieese 21 abr 2015

Estudo do DIEESE a partir da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada em conjunto com a Fundação Seade e apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e Fundo de Amparo ao Trabalhador, mostra que a presença feminina na força de trabalho se estabilizou nos últimos anos e, de cada 100 mulheres, cerca de 50 estão no mercado de trabalho, ocupadas ou desempregadas, na Região Metropolitana de São Paulo.

A taxa de desemprego da mulher continua maior que a dos homens, mas, recentemente, a diferença tem diminuído. Mesmo assim, elas ainda são mais da metade do número de desempregados.

O aumento de postos de trabalho com carteira assinada tem beneficiado também as mulheres, pois há mais empregadas com proteção social. Mas elas têm maior dificuldade de ascensão profissional, principalmente para chegar a cargos de chefia, e ganham menos do que os homens, apesar da maior escolaridade.

A situação da mulher negra é mais complicada ainda: ela acumula discriminação por sexo e raça. A maioria está no emprego doméstico ou em setores sem proteção social, onde recebe menores salários e tem pouca chance de crescimento profissional.

Há um longo caminho para a mudança e ela passa por muitas questões, entre elas, a necessidade de o debate sobre a situação feminina deixar de ser feito entre mulheres e passar a incluir os homens.

CLEMENTE GANS LÚCIO
Sociólogo, diretor técnico do Dieese
(Departamento Intersindical de Estatísticas
e Estudos Socioeconomicos)

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08