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Gilberto Almazan
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Se não chover, pode faltar luz

Por Gilberto Almazan - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 10 jun 2021

A chuva de segunda-feira, 7, foi passageira e um pingo d’água diante da quantidade de água que precisamos para sair da crise hídrica que estamos mergulhados. Se não chover, pode faltar luz. Se não faltar, no mínimo a conta vai aumentar.

Neste mês, a mudança de tarifa da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já será suficiente para fazer a conta subir, em pelo menos 5,6% em relação à conta de maio.

O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) emitiu um alerta de emergência hídrica para os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, para o período de junho a setembro.

Precisamos entender a gravidade disso. A falta de água, gera falta de energia e ameaça a retomada do crescimento econômico. Em 2001, você talvez se recorde, vivemos uma situação parecida. O risco de apagões levou ao racionamento de energia. Algumas empresas foram obrigadas a fechar, vários companheiros perderam o emprego.

Se não chover, pode faltar luz. Se chover no molhado, também pode faltar luz. Esta conta não pode ser cobrada só da natureza. A soma é clara, faltou planejamento e investimento, mas sobrou o interesse de privatização. Estratégia mais falha que um governo pode ter.

Diante desta crise já anunciada, temos que redobrar a atenção com o uso de água, de energia e exigir do governo federal planejamento e investimentos que corrijam a situação. E, claro, que não comprometam o abastecimento de água, de energia e a geração de empregos.

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07