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Clemente Ganz
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Rotatividade: problema precisa ser superado

Por Clemente Ganz - Diretor técnico do Dieese 28 fev 2014

Em março, o Dieese e o Ministério do Trabalho e Emprego promovem, em Brasília, seminário para discutir as altas taxas de rotatividade do mercado de trabalho, com base em estudos realizados em parceria.

Segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), em 2012, os vínculos de emprego duravam em média 4,9 anos. Cerca de 34% tinham menos de um ano; 50,6% até dois anos; e apenas 27,9% dos empregos duravam cinco anos ou mais. E os resultados de outros anos não são muito diferentes dos de 2012.

Para os trabalhadores que sofrem com a rotatividade, as dificuldades se acentuam durante a vida. São crescentes os limites ao desenvolvimento profissional e à construção de uma carreira; são grandes as dificuldades para acumular o tempo de contribuição para a aposentadoria ou para que o trabalhador possa manter a si e a sua família, devido à instabilidade de renda.

O Estado (e a sociedade) também tem perdas, pois fundos públicos relacionados à previdência social e à proteção ao desempregado são prejudicados, assim como as políticas de formação profissional, de intermediação de mão de obra, entre tantos outros.

O Ministério e o Dieese querem ampliar o debate com a sociedade em busca de alternativas que ajudem a combater o problema.

Clemente Ganz Lúcio
Sociólogo, diretor técnico do Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07