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Clemente Ganz
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Os desafios do crescimento

Por Clemente Ganz - Diretor técnico do Dieese 11 mar 2016

opiniao_barra_clemente-ganzNo Brasil, entre 2004 e 2014, predominaram geração de postos de trabalho, queda do desemprego, crescimento dos salários, do assalariamento e da formalização, da seguridade social e da oferta de educação.

Em 2015, no entanto, somados à crise econômica mundial, cujos efeitos travam o crescimento de vários países, os problemas internos, como a desindustrialização, a queda dos investimentos, a crise institucional, entre outros, provocaram redução do nível de atividade.

O desemprego passou de 6,5% (2014) para 8,9% (2015), segundo o IBGE. Para o DIEESE/Seade, em São Paulo, foi de 10,8% para 13,2%. Primeiro, atingiu a indústria e a construção, e os chefes de família. Depois, os jovens e as mulheres, no comércio e nos serviços. Caiu o número de pessoas com carteira de trabalho assinada, subiu o assalariamento sem carteira e o trabalho autônomo ou por conta própria, sem contribuição previdenciária.

Em 2016, não há mudança à vista. A economia mundial continua derrapando. Aqui, a desindustrialização avança, os investimentos cessam, a operação Lava Jato impõe graves perdas econômicas, a crise política cria dificuldades.

É urgente uma mudança para retomar o crescimento. É hora de unir forças. Só a união de setores poderá superar as dificuldades. Muitas contradições vão surgir nesse caminho. Será preciso muita competência para formular e implantar propostas. 

Clemente Ganz Lúcio
Diretor Técnico do DIEESE e
membro do CDES
(Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social)

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08