FIQUE SÓCIO!

Notícias
COMPARTILHAR

Governo vai capacitar mulheres para atividades dominadas por homens

Por admin | 03 ago 2012

A SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres) e o Ministério da Integração Nacional assinaram na quinta-feira, 2, termo de cooperação com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para investir R$ 2 milhões na capacitação de mulheres de baixa renda no Centro-Oeste em atividades tradicionalmente masculinas, como a construção civil, agricultura mecanizada e mecânica de automóveis.

O recurso será repassado ao CNPq para que publique, em até 45 dias, editais de seleção de projetos em instituições de ensino e pesquisa que viabilizem a formação de mulheres para o mercado de trabalho. A iniciativa começará no DF (Distrito Federal) e nas cidades do Entorno do DF, em Goiás, com o treinamento de 500 mulheres em mecânica e de 400 mulheres para a operação de máquinas agrícolas.

Além dessas alunas, 440 já estão concluindo este mês cursos para trabalhar na construção civil, oferecidos como projeto piloto pela Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), ligada ao ministério.

“Há um nicho de mercado para as mulheres em algumas atividades, pois elas são mais detalhistas e meticulosas que os homens”, defende o superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado. Para a secretária-executiva da SPM, Lourdes Bandeira, o projeto “rompe com a visão tradicional” que limita as mulheres a atividades específicas, como de cuidadoras, por exemplo.

Segundo o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, o projeto é de curta duração (previsto para dois anos) e “se enquadra nos objetivos do CNPq em levar conhecimento para todos os setores da sociedade” por ser voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade social .

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres são maioria da população em idade ativa (53,7% ), mas minoria no mercado de trabalho (45,4%). Elas são mais escolarizadas que os homens, porém recebem, em média, menos de três quartos (72,3%) dos salários masculinos.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07