Desde que o governo federal começou a divulgar as reformas trabalhista e previdenciária, alardeando, falsamente, a necessidade de fazê-las para o equilíbrio das contas públicas e que as reformas iriam gerar empregos, os metalúrgicos, em unidade com o movimento Brasil Metalúrgico e centrais sindicais, mobilizam suas bases para o enfrentamento, nas ruas e nas fábricas, contra as reformas que só vêm para tirar direitos e enfraquecer o movimento sindical.

Os metalúrgicos iniciaram a campanha salarial debaixo do maior ataque aos direitos dos trabalhadores e dispostos a defender a Convenção Coletiva de Trabalho, que garante conquistas históricas da categoria e com cláusulas mais benéficas que a CLT, que foi desmontada.

Não recebemos propostas de todos os grupos patronais, que querem que os trabalhadores fiquem sem convenção, para aplicarem a lei trabalhista do jeito que quiserem. Mas estamos fechando acordos que garantem a reposição da inflação, abono salarial, a renovação da Convenção Coletiva e também cláusula de salvaguarda em relação à lei trabalhista, que proíbe gestante em local insalubre, a terceirização nas atividades-fim, homologações nas empresas e estabelece que as partes voltarão a se reunir em março de 2018 para discutir os impactos da reforma.

Os acordos são o parâmetro mínimo e vamos buscar acordos diretos com as empresas dos grupos que não fecharam.

Seguimos na luta para barrar a aplicação da lei trabalhista. E no dia 5 de dezembro estaremos nas ruas, numa grande paralisação nacional contra a reforma previdenciária. Participe!

Miguel Torres

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos

de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM