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Sindicato participa do 1º Seminário Internacional de Prevenção de Acidentes

Por Auris Sousa | 28 ago 2014

Os diretores do Sindicato Carlos Aparício Clemente e Gilberto Almazan participam desde terça-feira, 26, do 1º Siapat (I Seminário Internacional de Análise e Prevenção de Acidentes de Trabalho), em São Paulo. Realizado pela Faculdade de Saúde Pública da USP e a Faculdade de Medicina da Unesp, o evento discute aspectos atuais de pesquisa e políticas públicas para prevenção de acidentes.

O seminário também busca estimular reflexões sobre o tema, destacar as experiências desenvolvidas na área no Brasil e em outros países, além de repensar a agenda de pesquisa de atuação das universidades brasileiras, instituições e profissionais que lidam com a prevenção.

Por isso, que os diretores expuseram a experiência do Sindicato na luta pela saúde e segurança  dos metalúrgicos de Osasco e Região. Além disso, apresentaram o estudo  realizado pelo Sindicato sobre acidentes graves e fatais nas metalúrgicas. O levantamento mostra que de março de 2010 a junho de 2014, 111 acidentes graves ou fatais aconteceram na base do Sindicato, os quais a entidade acionou a fiscalização. A resolução de 40 destes casos chegou ao conhecimento do Sindicato e foram base de análise para o estudo, divulgado durante o 35º Ciclo de Debates. Veja os principais resultados:

• 62% dos acidentados têm idade entre 19 e 35 anos;

• 53% dos acidentados tiveram mãos e membros superiores atingidos;

• As empresas raramente enviaram as CATs (Comunicação de Acidentes de Trabalho) ao Sindicato, dificultando a investigação;

• A fiscalização trabalhista ignorou o acompanhamento sindical na maioria absoluta dos casos, apesar de previsto em Lei, norma internacional e pedido expresso do Sindicato;

• A fiscalização trabalhista levou em média 58 dias para comparecer na empresa, após a denúncia do acidente pelo Sindicato (há 15 anos atrás, a fiscalização chegava no mesmo dia ou no dia seguinte);

• A fiscalização levou em média 173 dias para entregar o relatório da fiscalização ao Sindicato (há 15 anos atrás, a conclusão se dava em até 30 dias).

Os resultados também mostram que, a cada 15 dias, acontece um acidente grave, que, em muitas vezes, provoca amputações. A cada 100 dias, morre um trabalhador.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18