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PIB do estado de São Paulo cresceu 0,6% no primeiro trimestre

Por admin | 04 jul 2012

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O PIBpm (Produto Interno Bruto a preços de mercado) do estado de São Paulo cresceu 0,6% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 4, pela Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), contribuíram para o resultado a evolução de 0,4% do VA pb (Valor Adicionado a preços básicos) e os impostos líquidos de subsídios que tiveram elevação de 0,8%.

Os dados indicam que o fator que mais influenciou na alta do VApb no trimestre foi o desempenho positivo da indústria (1,1%) e dos serviços (0,3%). Na agropecuária, houve queda de 3,4%.

No setor industrial, a taxa foi puxada principalmente pela indústria de transformação (1,1%) e pela produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana (2,4%).  No caso de serviços, a alta foi influenciada pelo comportamento positivo do comércio (3,3%) e dos transportes (3,0%). A queda da agricultura está ligada à diminuição da produtividade da soja (2,6%).

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o PIBpm cresceu 1,5%. O VApb teve aumento de 1,6% e os impostos líquidos e subsídios 1,1%. No acumulado dos quatro últimos trimestres ante o mesmo período anterior, a taxa foi positiva (2,3%), resultado do crescimento do VApb em 2,4% e dos impostos líquidos de subsídios em 2,0%.

Segundo o chefe de Análise Econômica da Seade, Vagner Bessa, o PIB paulista tem ficado acima do brasileiro há três trimestres, embora tenha caído pelo quinto trimestre consecutivo, passando de 5,9% no primeiro trimestre do ano passado para os 2,3% atuais. É um processo de desaceleração que se observa em todo o mundo, inclusive no Brasil, e que está chegando a São Paulo, explicou.

De acordo com Bessa, os números do primeiro trimestre servirão para responder como será a economia paulista daqui em diante. Ele ressaltou que nenhum setor é capaz de expressar sozinho qual a situação do estado. “Enfrentamos, do ponto de vista externo, um forte crescimento da demanda americana e europeia, e os produtos de São Paulo são industrializados e consumidos por países industrializados. O ritmo de crescimento desses países é determinante para o que vai acontecer na economia de São Paulo.”

Para ele, a economia paulista tem uma lógica de crescimento que se destaca da nacional, e é difícil fazer projeções para o restante do ano no estado. “Se o estado crescer 2%, não está estagnado. Se for observado o nível de atividade econômica que se tem hoje, um incremento desse nível não é pouco significativo em uma economia mundial que está em recessão.”

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07