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Osasco vai ter Comissão da Verdade

Por Cristiane Alves | 15 ago 2014

A Câmara de Osasco aprovou em sessão extraordinária realizada na noite de quinta-feira, 14, a criação da Comissão da Verdade para investigar os crimes da ditadura.

O projeto de lei de autoria da vereadora Mazé Favarão (PT) diz que a Comissão tem como um de seus objetivos esclarecer as graves violações aos direitos humanos praticadas em Osasco no período de 1946 a 1988, além de “promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria”.

A votação foi acompanhada de perto por militantes que sofreram a repressão da ditadura, que articularam a Greve de 1968 e que, agora, vão ter esses momentos investigados, assim como o de inúmeros companheiros e companheiras vitimados. Entre eles, estava o ex-diretor do Sindicato, cassado assim que a ditadura tomou o poder, Manoel Dias do Nascimento, o Neto. “Desde 1964, tivemos repressão muito grande, não só na sede, mas também as casas de muitos metalúrgicos foram invadidas pelo 4º RI”, conta.

São histórias como essas que a Comissão poderá colocar à luz da verdade para que as novas gerações não permitam que se repita. “Tem a possibilidade de recuperar o tempo perdido para restabelecimento da memória, da verdade, da justiça e de contribuir para a melhora da democracia porque sem verdade não há democracia” avaliou Antonio Roberto Espinosa.

O projeto de criação da Comissão Municipal da Verdade tramitava desde fevereiro e ganhou mais impulso após a visita a Osasco da membro da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Maria Cardoso. A Comissão foi assunto da conversa entre ela e o prefeito Jorge Lapas.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18