FIQUE SÓCIO!

Jorge Nazareno
COMPARTILHAR

É hora de cobrar

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 01 mar 2021

TAGS

Nesta quinta-feira, 25, o Senado deve analisar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que abre condições fiscais

para a volta do auxílio emergencial. O retorno é urgente e já deveria ter acontecido.  Em janeiro, com o fim do auxílio emergencial, cerca de dois milhões de brasileiros foram levados para a pobreza.

Apesar da votação estar próxima, um valor concreto ainda não foi apresentado. Bolsonaro tem dito que pode pagar auxílio de R$ 200 a R$ 250. Para o movimento sindical, estes valores não resolvem o problema da fome, tendo visto o aumento crescente dos alimentos básicos. Por isso, que defendemos um auxílio de R$ 600. A carreata que aconteceu no último domingo, 21, entre outros pontos, pediu este valor. 

Além disso, precisamos deixar claro: não adianta o governo dar com uma mão e tirar com duas. Isto porque a PEC também amplia em mais dois anos o atual congelamento do salário de servidores públicos, que hoje está previsto para durar até o final de 2021. Também existia a possibilidade de congelar o salário mínimo. No entanto, o site Congresso em Foco noticiou que o relator retirou isso da nova versão do texto. Mas manteve o fim de gastos mínimos em saúde e educação. As despesas destinadas ao Fundeb, fundo da educação básica, também deixam de ser obrigatórias para essa área.

Quer dizer, numa pandemia que já deixou quase 250 mil mortos, o governo tem planos que podem prejudicar os investimentos em saúde. A educação também amarga, enquanto o país não tem nenhum plano de retomada dos empregos e da economia. 

Se o governo não quiser um país ainda mais devastado, deverá investir no auxílio de R$ 600, e investir na saúde, na

educação e numa política de geração de emprego, com direitos. Um país só se levanta com saúde, educação e emprego. A nós, nos resta cobrar. Por isso convocamos toda categoria para se posicionar, exija o retorno do auxílio e de R$ 600, exija mais investimentos em saúde, exija mais respeito pela educação, exija a geração de mais empregos.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #30