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Jorge Nazareno
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Convenção Coletiva é a nossa única proteção

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 03 set 2018

Precarização com o aval da Justiça. Esse é o resumo da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que disse que é legal a terceirização de todas as atividades numa empresa. A tendência é de vermos se tornar padrão o trabalhador terceirizado, que poderá ser contratado para as mais diferentes funções, incluindo a linha de produção e serviços administrativos, como Recursos Humanos. Numa escola, por exemplo, poderá haver terceirização de professores, que poderão dar aula mas nunca terão igualdade de direitos com os demais colegas de profissão.

Para que não haja metalúrgicas sem metalúrgicos – ou melhor, trabalhadores que exerçam atividades de metalúrgico, mas que não são contratados por uma metalúrgica, mas por uma prestadora de serviços – precisamos garantir a renovação de todas as cláusulas da nossa Convenção Coletiva. No ano passado, conseguimos incluir uma cláusula que proíbe a terceirização de atividades fins – justamente aquilo que a reforma trabalhista permite que aconteça, agora com o aval do STF. Essa é uma das cláusulas fundamentais para evitar que haja a troca de metalúrgicos por terceirizados, provocando o esfacelamento do poder de pressão da nossa categoria e, consequentemente, enfraquecimento de nossas conquistas.

A cada decisão que vem de Brasília – seja da Justiça, do Congresso ou do governo Temer – fica mais explícito que ou nos organizamos para resistir ou vamos ser uma massa de trabalhadores desesperados, sem direitos, com baixos salários e à mercê da vontade dos patrões. Por isso, convocamos a todos a participarem da série de assembleias que faremos nos próximos dias e da assembleia sobre nossa pauta de reivindicações, que será no dia 22. Venha para luta!

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08