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Jorge Nazareno

Por admin | 28 maio 2013

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Hora de sermos ouvidos

Enquanto o governo federal pensa em desonerar a folha de pagamentos para o setor químico e de etanol, deveria, primeiro, avaliar os resultados obtidos com as desonerações oferecidas aos 42 setores que já usufruem da medida, que troca a contribuição previdenciária de 20% por um recolhimento de 1% a 2% do faturamento.
Notícia publicada no jornal O Estado de S. Paulo de segunda-feira, 27, afirma que no setor de autopeças a medidas não evitou que houvesse 11 mil demissões. “O número, do Relatório de Pesquisa Conjuntural do Sindipeças, representa corte de 4,8% nas vagas formais. O acumulado do primeiro trimestre de 2013 mostra um recuo de 1,93%. O setor emprega hoje 214 mil pessoas”, aponta o jornal.
Na indústria de calçados, que também usufrui do benefício, em 2012, o número de trabalhadores caiu 2%, de 337 mil em 2011 para 330 mil, de acordo com a notícia. Foi o segundo ano seguido de queda no número de vagas no setor.
Não é esse o resultado que interessa aos trabalhadores. Reconhecemos que a desoneração tem influencia sobre a manutenção do conjunto da economia, mas, é preciso mais. É por isso que, desde o início, o movimento sindical tem dito que desoneração só deve ser concedida mediante garantia dos postos de trabalho. É hora de sermos ouvidos.

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08