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Diálogos sobre a Diversidade destaca atuação sindical para a inclusão de pessoas com deficiência

Por Auris Sousa | 23 jun 2022

A atuação dos sindicatos na luta pela inclusão das pessoas com deficiência foi um dos destaques do primeiro encontro Diálogos sobre Diversidade. Organizado pelo Espaço da Cidadania e Ministério Público do Trabalho, o encontro aconteceu nesta quarta-feira, 22, pelo aplicativo Zoom.

Durante o encontro, Valdirene Silva de Assis, Procuradora do Trabalho e Coordenadora da Coordigualdade no MPT/SP, destacou a força que as convenções coletivas têm. “O poder das normas coletivas deve ser explorado pelos sindicatos para o avanço de todas categorias e, claramente, isso inclui as pessoas com deficiência”, destacou.

A importância de um trabalho em rede foi apontada por Carlos Aparício Clemente, coordenador do Espaço da Cidadania, como um diferencial que só agrega para a inclusão. “O Espaço da Cidadania descobriu que era importante não só os sindicatos cobrar a inclusão. Era preciso uma ação coletiva em um ambiente de igual para igual. Desta forma, foi possível abrir portas, cobrar fiscalizações, cumprimento da Leis de Cotas nas empresas e também dentro dos próprios sindicatos. Tudo isso visando também a acessibilidade e capacitação”, compartilhou Clemente.

Para Anna Paula Ferminella, do Coletivo de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT, a acessibilidade é um direito essencial para a inclusão social das pessoas com deficiência e precisa ser respeitada. “Acessibilidade é uma ferramenta e um direito que precisa ser efetivada no dia-a-dia, é aquilo que muitas pessoas requerem para participar da sociedade. Ainda tem muitas barreiras que tornam as cidades e os trabalhos como lugares proibidos para pessoas com deficiência, é como uma negação da nossa existência”, enfatizou Anna Paula Ferminella.

José Carlos do Carmo (Kal), coordenador da Câmara Paulista para Inclusão da Pessoa com Deficiência, compartilhou dados importantes sobre o cumprimento de cotas. Entre eles: “Quando falamos de empresas públicas a ocupação das vagas reservadas era de 11% (com dados referentes ao ano de 2017. Já nas empregadoras privadas, o percentual, em 2017, era de 46%, em 2021, foi para 54%. ”

Com mediação de Henry Xavier, da Unilehu, e de Marinalva Cruz, especialista em políticas para inclusão profissional de pessoas com deficiência, o encontro também teve espaço para os participantes tirarem dúvidas e compartilharem dados e suas experiências relacionadas com a inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência.

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07