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Ato da ‘Geração 68’ lembra crimes da ditadura e pede por democracia

Por Auris Sousa | 29 jun 2021

Com o slogan “Geração 68 sempre na luta”, o coletivo da Geração de 68 retornou no sábado, 26, na Rua Maria Antônia, na Santa Cecília, para lembrar os crimes da Ditadura, protestar contra Bolsonaro e defender a democracia no Brasil. O diretor Marcelo Mendes representou o Sindicato no ato, que contou com a participação do ex vice-presidente do Sindicato José Pedro da Silva, e companheiros que participaram da greve de 68, em Osasco, entre eles Roque Aparecido.

Ato lembrou a greve dos metalúrgicos em 1968

“Foi um ato que conseguiu reunir gerações, parentes de desaparecidos políticos, e que relembrou os crimes da ditadura contra a classe trabalhadora”, explica Marcelo.

O ato, iniciado às 17h, lembrou a greve dos Metalúrgicos de Osasco, em 1968, os 53 anos da Passeata dos cem mil, que foi uma manifestação popular contra a ditadura militar brasileira feita no Rio de Janeiro em 1968, e o Dia Internacional de Luta contra a Tortura.

“É importante lembrarmos sempre a sociedade que, durante a ditadura civil-militar, houveram muitos crimes contra os trabalhadores e que o estado brasileiro nunca puniu os responsáveis. Esta é uma dívida com a história, com a classe trabalhadora e com os parentes dos mortos, desaparecidos, presos políticos e torturados”, destaca o diretor Marcelo, que completou: “Neste momento quem se relativiza a tortura e torturadores são exaltados, esse é mais um ato de resistência da classe trabalhadora”, explica.

Lembrou às vítimas da ditadura

Relembre – O ato aconteceu em um local simbólico para os brasileiros, onde aconteceu um dos episódios mais lembrados do período ditatorial. No mesmo local, em 3 de outubro de 1968, estudantes da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP entraram em confronto com alunos da Mackenzie. Foi um confronto entre universitários de esquerda e direita, que ficou conhecido como “Batalha da Maria Antônia”, nome da rua onde ficam as duas instituições. Durante o confronto, um secundarista morreu e o prédio da USP foi incendiado.

Sábado tem mais

No próximo sábado, 3, milhares de brasileiros retornam as ruas para protestar contra o governo Bolsonaro. As denúncias de corrupções feitas durante depoimentos dos irmão Miranda na CPI da Covid-19 reforçam o descontentamento da população. Chamado por movimento sociais, a diretoria do Sindicato já se organiza para também se manifestar por vacina para todos, políticas de geração de emprego, pelo auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e contra a corrupção.

“Em meio de uma pandemia que já provocou a morte de mais de 500 mil brasileiros, que já deixou outros milhares sem emprego e na miséria, fechar os olhos para a corrupção é inaceitável. Exigimos justiça, que os envolvidos sejam punidos”, destaca o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07