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93% das negociações do 1º semestre cobriram a inflação

Por Auris Sousa | 21 ago 2014

Aproximadamente 93% das negociações salariais do primeiro semestre de 2013 resultaram em aumentos reais de salários para os trabalhadores, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 21, pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O estudo foi realizado com 340 unidades de negociação da indústria, comércio e serviço, as quais registraram 83,5% de aumento real no mesmo período de 2013.

A maioria dos reajustes resultou em ganhos reais de até 3%, com maior incidência na faixa de ganho entre 1% e 2% acima do índice. Os reajustes em valor igual ao INPC-IBGE foram observados em aproximadamente 4% das unidades de negociação, e reajustes abaixo, em quase 3%.

Na série que começa em 2008, o percentual é menor apenas do que o apurado em 2012 (2,15%) e semelhante ao de 2010 (1,57%).

Para o presidente do Dieese, Antonio Souza, que também é diretor do Sindicato, os dados mostram que a situação econômica não está da forma que a imprensa de mercado escreve. “O resultado [da pesquisa] reflete exatamente o que acompanhamos: passamos por momentos de preocupação e não de calamidade. Nenhuma empresa daria aumento real, ou faria a reposição da inflação, se a situação fosse crítica”, avalia.

Os resultados colaboram para fortalecer ainda mais a nossa campanha. “No segundo semestre do ano, acontece a campanha das categorias mais organizadas, que podem ter uma boa discussão com estes dados nas mãos”, ressalta.

Por setores – Em relação aos setores pesquisados, o comércio teve o melhor desempenho, com aumentos reais em 95,7% das negociações praticadas no período. Nos serviços e na indústria, a abrangência foi de 92,8% e de 92,9%.

O estudo ainda mostra que todos os oito ramos da indústria conseguiram aumentos reais médios superiores aos de 2013. As maiores altas se deram em fiação e tecelagem (de 0,56% para 1,31%) e em alimentação (de 0,8% para 1,46%).

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18