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Sindicatos da região confirmam presença em ato contra MP de Dilma

Por Diario Regiao | 17 jan 2015

Dirigentes de sindicatos de Osasco e da Região Oeste da Grande São Paulo confirmaram presença no ato de 28 de janeiro para cobrar a revogação das Medidas Provisórias (MPs) do governo federal que altera regras de concessões a benefícios previdenciários. Um dos primeiros sindicatos a se manifestar a respeito foi o dos Metalúrgicos de Osasco e Região. No artigo assinado e enviado semanas atrás pelo presidente Jorge Nazareno, o Jorginho, ele alega que faltou ao governo federal ouvir as centrais sindicais antes de tomar uma atitude de tamanho impacto aos trabalhadores.

Em conversa via telefone ao Diário da Região, Jorginho confirmou que para o dia 28 há duas possibilidades de mobilizações. A primeira seria um ato local; a segunda, participar do ato conjunto na capital paulista. “É mais expressivo ter um volume concentrado em um único local. Acho que até terça-feira (20) fica mais claro o formato que vamos adotar”, informa.

Jorginho comenta que embora existam sujeitos que apliquem fraudes para obter os benefícios oferecidos, não será afetando o trabalhador que o governo conseguirá garantir maior economia. “Não se resolve o problema acabando com o seguro-desemprego para um grande numero de trabalhadores. E o caso dessa medida como está é prejudicial”, lamenta.
As novas regras para concessão de benefícios trabalhistas afetam benefícios como o seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença.

Na mesma linha de pensamento de Jorginho, o presidente do Sindicato dos Servidores de Osasco e Região (Sintrasp), Jessé de Castro Moraes, confirma que seu grupo seguirá a orientação de sua central, a Força Sindical.

Ele explica que embora sua categoria não tenha sido afetada pelas medidas do governo federal, é preciso oferecer solidariedade com os demais trabalhadores. “Da minha parte, há um entendimento em especial de que pode começar por aí de que se ficarmos calado e aceitarmos passivamente, começará uma retirada sequencial dos direitos dos trabalhadores, e essa é uma área muito perigosa. A presidente foi eleita pelo Partido dos Trabalhadores com o compromisso de abrir o diálogo com centrais sindicais”, cobra.

Para ele, a limitação dos benefícios é a grande preocupação da mobilização para próximo dia 28, que visa chamar a atenção na tentativa de ampliação do diálogo.

O vice-presidente do Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor), Luciano Pereira Leite, que também coordena os sindicatos da região sudeste do Brasil para CONTRACS/CUT, reforçou a intenção da mobilização da classe. “De forma unânime as Centrais Sindicais reivindicam a revogação e retirada dessas MPs, de modo a que se abra uma verdadeira discussão sobre a correção de distorções e eventuais fraudes, discussão para a qual as Centrais sempre estiveram abertas, reafirmando sua defesa intransigente dos direitos trabalhistas, os quais não aceitamos que sejam reduzidos ou tenham seu acesso dificultado”, esclarece.

Para o sindicalista, as medidas, além de atingirem os trabalhadores, vão na direção contrária da estruturação do sistema de seguridade social. Na resposta enviada ao Diário, ele reforça o pedido de convocação para o ato de 28 de janeiro para dar visibilidade também as demais reivindicações e propostas.

As mudanças nas regras das concessões a benefícios previdenciários foram anunciadas como Medidas Provisórias (MPs) em 29 de dezembro pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A justificativa alegada pelo governo federal foi para equilibrar as despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador e da Previdência Social. Conforme as contas da Casa Civil, a economia pode ficar na casa dos R$ 18 bilhões para a União nos próximos anos. [Link: http://www.webdiario.com.br/?din=view_noticias&id=89823&search=jorge%20nazareno]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18