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Jorge Nazareno
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Vamos à luta!

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 02 jul 2019

É alarmante e preocupante a inclusão do Brasil entre os 10 piores países para se trabalhar, com sua entrada na lista suja da OIT (Organização Internacional do Trabalho). A inclusão atende denúncia do movimento sindical brasileiro que, com a reforma trabalhista, o Brasil viola a Convenção 98, que garante o direito à sindicalização e à negociação coletiva. A reforma estabelece que o negociado deve prevalecer sobre o legislado, sem a presença dos sindicatos nas negociações o trabalhador sai perdendo.

Indiferente a isso, o governo brasileiro celebra o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, durante reunião das 20 maiores economias do mundo, na semana passada. Escancara o Brasil para as indústrias europeias, na avaliação do professor de Economia da Unicamp, Márcio Pochmann: “Com a opção pela dependência do mercado externo, em detrimento do consumo e investimentos internos, o Acordo UE-Mercosul reforça e acelera as atividades de baixa produtividade como as de serviços que incham no lugar da produção industrial a ser substituída por mais importados”.

Ou seja, no Brasil de 13 milhões de desempregados e 28 milhões de subempregados, o governo Bolsonaro escolhe intensificar a desindustrialização. O fortalecimento da indústria nacional é crucial para gerar empregos de qualidade.

Ao lado de uma legislação que nos coloca entre as 10 piores economias para se trabalhar, temos um quadro preocupante, tamanha a desestruturação. Ou vamos à luta ou o arrocho e as piores condições de trabalho vão se perpetuar. Vamos à luta!

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08