O sábado, 1º, com certeza vai ficar na memória de todos nós pela possibilidade de reencontrar companheiros, que entraram para a história deste país devido a luta pela democracia e, muitos dos quais, temos o prazer e a honra de termos aprendido muitas lições e ainda participarmos lado a lado da luta por um país mais justo e desenvolvido para todos os trabalhadores.

Mas, mais do que ficar na memória, a luta por democracia intensamente levada a frente por estes companheiros é atual e é nossa. O trabalho hoje realizado pela Comissão Nacional da Verdade de levantar as provas das graves violações de direitos humanos por parte de militares e civis precisa resultar em medidas práticas por parte do governo brasileiro para preservar a cada cidadão, o direito de organização, garantir o fim da tortura e da perseguição em todos os espaços e aprofundar a democracia e o respeito aos direitos humanos em nosso país.

Se na época do golpe, nossos companheiros eram perseguidos com as listas negras e os sindicatos sofriam intervenções; hoje, a Justiça se utiliza de instrumentos como os interditos proibitórios para coibir o direito de greve dos trabalhadores. Nas periferias, casos como o do pedreiro Amarildo ou as chacinas de jovens são frequentes.

Por isso, vemos que não se trata somente de resgatar a luta dos companheiros que derrotaram a ditadura, mas de continua-la porque ela se faz necessária para que a justiça e a democracia sejam para todos neste país.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
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