Infelizmente, o país já conta com mais de 10 milhões de desempregados e, ao que tudo indica, a catástrofe do desemprego não está nem perto do fim. Há mais de uma década, o setor metalúrgico do Estado de São Paulo senti um forte impacto diante da desindustrialização pela qual o Brasil passa frente a políticas governamentais equivocadas e, particularmente, em 2014, com o fim dos incentivos fiscais e a verdade das contas brasileiras, a atual crise econômica mostrou sua cara mais perversa: a do desemprego.

O quadro é ainda mais trágico na medida em que muitas empresas metalúrgicas não estão demitindo pelo simples fato de não conseguirem pagar as verbas rescisórias e, assim, vão tocando até não conseguirem honrar mais direitos trabalhistas e, por fim, acabam fechando.

Não devemos nos iludir e pensarmos que uma possível troca de governo será a solução imediata para toda esta situação. O estrago provocado em nossa economia foi profundo. Os sindicatos têm feito o possível para tentar minimizar o desemprego através de negociações, bancos de horas etc. É exatamente assim que devemos continuar atuando na defesa e na promoção do emprego e da dignidade do trabalhador.

Não devemos aceitar de forma alguma essa dura realidade. Em nenhuma hipótese, vamos esmorecer e abrir mão de nossos direitos e de nossa dignidade. Nossa luta é permanente.

Claudio Magrão
Presidente da Federação dos Metalúrgicos
do Estado de São Paulo