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Mulheres precisam se apropriar das novas tecnologias, mostra Dieese

Por Auris Sousa | 12 mar 2025

Para termos um Brasil socialmente justo e equânime, as mulheres precisarão também se apropriar da IA (Inteligência Artificial). Foi o que mostrou Camila Ikuta, técnica do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em evento que nesta terça-feira, 11, celebrou o Março Mulher na Força Sindical São Paulo.

“As mulheres são minoria no setor tecnológico. Elas representam apenas 22% dos profissionais de IA em todo o mundo”, alerta Camila. Logo, a participação das mulheres se faz necessária para evitar que a IA reforce estereótipos e dificulte o acesso das mulheres a certos cargos e oportunidades.

“É fundamental que as mulheres se apropriem dessa tecnologia e busquem capacitação para utilizá-la a seu favor”, destacou Etelvina Guimarães (Teca) a diretora do Sindicato e da Força Sindical – SP.

Apesar das dificuldades, Camila enfatizou que a IA também pode trazer muitos benefícios. Por isso que a classe trabalhadora precisa aproveitar as oportunidades que esta tecnologia pode oferecer. “O mercado de trabalho vai se transformar. O fato é que a inteligência artificial pode aprofundar ou acabar com as desigualdades. O que vai definir isso é como e por quem ela será usada”, destacou.

Combate a violência – Um histórico das leis que visam proteger a vida das mulheres foi apresentado pela Secretária de Políticas para Mulheres e Gênero Força Sindical, Laura de Fátima Pereira Santos, que também apresentou a alteração na Lei Maria da Penha.

Fique de olho nas mudanças: 

– Sigilo do nome da vítima nos processos em que se apuram os crimes praticados no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher;

– Estabelece a prioridade na assistência à mulher em situação de violência familiar ou doméstica, além de decretar como obrigatório o atendimento prioritário na realização de cirurgia plástica reparadora para as vítimas;

– Torna o feminicídio um crime autônomo, agravando a sua pena de detenção de 3 meses a 2 anos, para reclusão de 20 a 5 anos e multa. Em caso de perigo eminente, obriga utilização de tornozeleira elétrica;

8 de Março – Na abertura da atividade, o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan (Ratinho), cumprimentou as companheiras presentes (de diversas categorias), entre elas as diretoras do Sindicato Teca, Creusa de Oliveira, Jeane Nilo e Eliana Moura. Ele destacou a importância de não deixarmos a data ser simplesmente comercial e relembrou a sua origem.

Em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas num incêndio de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York, em repressão às greves das operárias. “Então não é uma data para dar presente e para comemorar. É dia de reflexão contra o descaso, a desigualdade, a retirada de direitos, a violência. É dia, inclusive, de nós, homens, repensar tudo aquilo que tem sido feito contra as mulheres”, disse Ratinho.

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