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Março Mulher: Assembleias reforçam organização nas fábricas por igualdade de direitos

Por Auris Sousa | 12 mar 2020

O Sindicato tem intensificado, nas assembleias, as discussões sobre a presença das mulheres no mercado de trabalho e sobre o combate à violência, que vitimiza diariamente diversas mulheres.

Na Wegflex, vice-presidente do Sindicato, Monica Veloso, comandou a assembleia do Março Mulher

Nesta semana, companheiras e companheiros, como os que trabalham na Wegflex, na Multivisão e na Arbame  receberam informações importantes nas portas das fábricas. A diretoria tem destacado que a categoria deve se manter em alerta e mobilizada contra a retirada de direitos, que impactam negativamente na sua condição de vida, propiciando o aumento do trabalho informal, desprotegido, principalmente para as mulheres.

Informações importantes para fortalecer a luta por igualdade de oportunidade foram passadas às companheiras

Embora tenha havido uma inserção maior das mulheres no mercado de trabalho nas últimas décadas, o trabalho informal e o desemprego ainda é maior entre elas: 13,1%, contra 9,2% dos homens. Acumulam as atividades domésticas, elas gastam 95% mais tempo em afazeres domésticos que os homens. Em média, foram 541 horas a mais por ano. Recebem salários 22% menores que os homens. Os dados são do Dieese.

Os números só reforçam a necessidade de luta pela igualdade. Durantes as assembleias, a diretoria também tem apresentado outros números que assustam: o das vítimas da violência.

Na Arbame, io diretor Geremias comandou assembleia e alertou sobre a necessidade de reforçar a luta por igualdade

De acordo com a 13º Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 263.067 casos de lesão corporal dolosa foram registrados no Brasil, em 2018. A quantidade representa, um registra a cada dois minutos.

No mesmo período, 1.206 casos de feminicídios foram registrados no país. Desse total, 88,8% dos casos o autor foi o companheiro ou ex-companheiro. Os registros de violência sexual também são assustadores: 66.041, em 2018, o equivalente a 180 estupros por dia. Do total, 53,8% tinham até 13 anos.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07