Em menos de um mês, no início do ano, o Sindicato foi surpreendido com as notícias de três acidentes na

Cinpal, um deles envolvendo um robô. Se por um lado o intervalo entre eles foi curto, o tempo para solucioná-los foi

longo. Isto porque somente agora é que o Sindicato tem em mãos os relatórios que demonstram as irregularidades

encontradas e a providências tomadas a respeito.

Os auditores fiscais encontraram irregularidades que colaboraram com os três acidentes que feriram gravemente

o aprendiz Jailton Santos, em 15 de janeiro, o companheiro Luiz da Silva, em 18 de janeiro, e Jacinto Camargo, em 4 de fevereiro. A fiscalização deles aconteceu no mesmo dia, em 10 de março, quase dois meses depois do primeiro acidente.

Apesar disso, só em junho e julho os relatórios foram enviados. Nos três, os auditores encontraram descumprimento da NR 12, norma regulamentadora de Segurança do Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Em cada um deles, a Cinpal foi notificada e obrigada a fazer adequações.

Em um deles, quando a fiscalização aconteceu, a empresa já havia regularizado a zona de perigo, ao colocar proteção.

A demora na entrega dos relatórios, somado ao atraso das próprias fiscalizações, são problemas crônicos a serem resolvidos.

“Só com a fiscalização conhecemos as irregularidades e podemos cobrar prevenção. E com o relatório em mãos podemos cobrar que a empresa faça as correções necessárias”, explica o diretor Marcel Simões.