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Direitos e reajuste garantidos para trabalhadores do Simefre e Sinafer

Por Cristiane Alves | 21 nov 2017

Os trabalhadores de empresas que produzem equipamentos rodoviários e ferroviários, metais e ferramentas (representados pelos sindicatos patronais Simefre e Sinafer) começam a semana com a certeza de que poderão contar com as garantias da Convenção Coletiva pelo próximo ano.

Na semana passada foi fechado acordo com estes sindicatos patronais, que, antes faziam parte do Grupo 19-3, nos mesmos moldes daqueles já assinados com o Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) e Fundição, o que inclui: renovação da Convenção Coletiva, com salvaguardas em relação a reforma trabalhista, e resposição das perdas com a inflação no período da nossa data-base, que ficou em 1,8%.

Não a precarização – Com isso, direitos como a estabilidade para vítimas de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais estão garantidos também para os trabalhadores do Simefre e Sinafer. Eles também estão blindados contra algumas das principais mudanças provocadas pela reforma trabalhista, como: proteção para que a gestante não trabalhe em local insalubre, obrigatoriedade de as homologações acontecerem no Sindicato, proibição a terceirização de atividades fins, entre outras: 

Além disso, há o compromisso de retomar negociações, a partir de março de 2018, para tratar de questões da reforma trabalhista que entrem em conflito com a Convenção Coletiva. 

Reajuste – A reposição da inflação poderá ser aplicada a partir de agosto.  Caso isso ocorra, o trabalhador vai receber 15% de abono, em três parcelas. Se a empresa optar por aplicar o reajuste retroativo a 1º de novembro, ela não precisará pagar os abonos. As verbas por conta de férias e demissão também devem ser corrigidas.

Conforme deliberação da assembleia de 11 de novembro, haverá uma contribuição de 1% do valor, a ser paga pelos trabalhadores para a manutenção da luta do Sindicato, nos meses em que receberem as parcelas do abono.

Outros grupos – O Sindicato prossegue nas negociações com os demais grupos patronais, junto com a comissão da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo. “A base para assinar qualquer acordo é aquela referendada pela assembleia. Mesmo assim, há grupos que querem mexer na nossa Convenção Coletiva, com base na reforma trabalhista”, alerta o secretário-geral Gilberto Almazan. Por isso, o Sindicato segue fortalecendo a pressão nas empresas em que não há acordo.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18