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Dia D de Inclusão em Osasco lança oportunidades para empresas cumprirem a Lei de Cotas

Por Auris Sousa | 30 maio 2014

O Dia D de inclusão em Osasco lançou várias oportunidades, principalmente para as empresas que ainda não conseguiram cumprir a Lei de Cotas, que obriga pessoas com mais de 100 funcionários a incluírem pessoas com deficiência. Na cidade, a ação aconteceu nesta sexta-feira, 30, na prefeitura de Osasco e contou com a participação do nosso Sindicato.

Dia D da Inclusão mobiliza dezenas de pessoas em Osasco

Entidades especializadas deram orientação à população voltada para a profissionalização das pessoas com deficiência e dos beneficiários reabilitados. Para as empresas, a informação foi de conscientização e sensibilização. Os palestrantes mostraram que existem inúmeros jovens com deficiência qualificados para o trabalho. “Só precisam de oportunidade”, destacou Tatiana Rolim, da Trinclusão, empresa que atua na inclusão de pessoas com deficiência.

Falta de oportunidade que vai além das contratações. Lucia Helena Gualter, médica perita do Programa de Reabilitação da Previdência em Osasco, explicou que falta até mesmo interesse das empresas nos acordos de cooperação técnica. A medida prevê parceria entre empresas e INSS, para que um trabalhador em reabilitação seja treinado, avaliado e, se apto, seja contratado na função. “As empresas parceiras não têm custo algum com este procedimento. O INSS é responsável pelo transporte e vale alimentação do contribuinte. A empresa só terá que treinar e avaliar o desemprenho de cada um”, explicou.

Mas segundo Lucia, mesmo sem a obrigação de contratar o trabalhador, atualmente a Previdência Social não tem nenhuma empresa parceira.

Bronca – Durante a ação, o coordenador de Políticas Públicas da Gerência Regional do Trabalho Ronaldo Freixeda aproveitou para dar um puxão de orelha nas empresas que não estão cumprindo a Lei de Cotas. “Não seremos mais tolerantes. As empresas terão que cumprir o seu papel, caso contrário serão multadas. Não vamos dar mais prazos e as ações fiscais serão mais frequentes”, alertou.

Empresas que já cumprem as cotas e aquelas que nem tem obrigação de contratar, segundo a Lei, também fizeram questão de participar do evento, entre elas estava a Corneta. Antonio Carlos bento, presidente da metalúrgica,  falou sobre a experiência da empresa que cumpre a Lei desde 2002 e há 11 anos tem pessoas com deficiência intelectual no controle de qualidade. “Hoje cumprimos 40% a mais do que prevê a Lei”, reforçou.

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“A ação colaborou para mostrar para empresários e população que a inclusão é possível. Tem muita gente com deficiência qualificada e pronta para ser inserida no mercado de trabalho”, defendeu o vice-presidente do Sindicato, Carlos Aparício Clemente, que também é coordenador do Espaço da Cidadania.

Freixeda está confiante. “Parcerias com a Previdência Social, com os portais, com as secretarias municipais, tudo isso é um facilitador para que mais empresas passem a cumprir a Lei”, enfatizou.

Momento que Ana Camila, de 21 anos, não vê a hora de acontecer. Isto porque a jovem que tem deficiência intelectual conta os dias para ingressar no mercado de trabalho. “Quero um emprego para não depender mais de minha mãe, para ser independente e ter as minhas coisinhas, conhecimento e oportunidade”, enumerou.

Maicon Braga também tem deficiência intelectual. O rapaz ainda não conseguiu um emprego, mas já faz planos para o fim que dará para seu primeiro salário. “Vou dar uma festa na igreja, para ajudar a pagar a água e a luz da igreja”, contou.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11