O “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode impactar em 10% o preço das exportações brasileiras ao país da América do Norte, foi repudiado pelas centrais sindicais. A medida também provocou rea-ção de entidades patronais.
Em nota conjunta, as centrais, entre elas a Força Sindical, destacaram que a sobretaxa causará impactos negativos sobre a produção e o emprego, e que poderá desencadear uma guerra comercial. Na nota, também elogiam a Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso Nacional e que, após sancionada, permitirá ao governo brasileiro reagir à medida dos Estados Unidos.
As centrais sindicais defendem que o país se “proteja” e se “prepare” para responder à iniciativa unilateral de Trump. “Nesse sentido, em nome da classe trabalhadora brasileira, as centrais sindicais manifestam apoio à Lei da Reciprocidade, aprovada por unanimidade no Senado, que autoriza o governo federal a retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros”, afirmam na nota.
A Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) e a CNI (Confederação Nacional da Indústria) defendem o diálogo. “Claro que nos preocupamos com qualquer medida que dificulte a entrada dos nossos produtos em um mercado tão importante quanto os EUA, o principal para as exportações da indústria brasileira. No entanto, precisamos fazer uma análise ompleta do ato. É preciso insistir e intensificar o diálogo para encontrar saídas que reduzam os eventuais impactos das medidas”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban, em nota.
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