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Ato pela democracia leva milhares ao Centro de SP

Por Auris Sousa | 11 ago 2022

A Frente, o Pátio das Arcadas e o Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), no Largo de São Francisco, no centro de São Paulo, ficaram pequenos para a quantidade de gente que se reuniram nestes locais em defesa da democracia, nesta quinta-feira, 11. A diretoria do Sindicato esteve presente e somou força com demais lideranças sindicais, acadêmicos, políticos, empresários e artistas para enfatizar: “Ditadura nunca Mais”.

“A história do Sindicato é forjada na luta em defesa do Estado Democrático de Direito. No período da Ditadura, sofremos duas intervenções, diretores foram perseguidos e torturados. Resistimos. Defender a democracia, o fortalecimento dela foi, é e sempre será nosso compromisso”, enfatiza o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan (Ratinho).

DEMOCRACIA – Antes mesmo das 9h, algumas pessoas já se concentravam em frente à Faculdade de Direito. Um ato ecumênico, com representantes de religiões cristãs, islâmica e de matriz africana e distribuição de pães, destacou a necessidade de todos defenderam a democracia e reivindicar o combate à fome.

A primeira parte do ato foi no Salão Nobre. O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, abriu os discursos citando as 47 mortes de pessoas da universidade que lutaram contra a repressão militar.

“Nós, da USP, perdemos vidas preciosas durante um período de exceção, as cicatrizes ainda são visíveis, vidas que foram ceifadas pela repressão ou livre pensamento. Nesse período, perdemos 47 pessoas que eram parte de nossa comunidade, nós não esquecemos e não esqueceremos. Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade”, destacou.

Outras diversas pessoas discursaram, entre elas Oscar Vilhena Vieira, advogado e membro da Comissão Arns e do Comitê do Manifesto, e Miguel Torres, presidente da Força Sindical. “A sociedade civil não pode aceitar os ataques diários ao sistema eleitoral nem admitir que o atual presidente da República desrespeite a Constituição que jurou respeitar”, disse Miguel Torres.

Após os discursos no Salão Nobre, aconteceu no Pátio das Arcadas a leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, organizada pela Faculdade de Direito da USP.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #06