FIQUE SÓCIO!

Jorge Nazareno
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Ministério do Trabalho fatiado

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 07 dez 2018

O governo de Bolsonaro mostrou nesta segunda-feira, 3, que o plano agora é fragmentar todas as atribuições do Ministério do Trabalho, distribuindo as competências entre os ministérios da Economia, Cidadania e Justiça. Resta-se saber onde ficará centralizado a fiscalização, e tantos outras atribuições da pasta.

Só nas metalúrgicas da região, um trabalhador perde a vida ou é gravemente ferido a cada 20 dias. O dado é alarmante e o fatiamento do Ministério pode piorá-lo ainda mais.

Acabar com o Ministério do Trabalho é desrespeitar o trabalhador, é burocratizar o acesso ao direito do trabalhador. Ainda corremos o risco de um ministério jogar a responsabilidade para o outro. Isto porque o ministro que coordena a transição e futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que a parte do Ministério “que trata de políticas ligadas a emprego, vai ficar uma parte dela na Economia e a outra parte vai ficar na Cidadania.” Quer dizer, é a fatia da fatia.

Nos últimos dias, temos visto a disposição das empresas em desrespeitar até mesmo direitos básicos: como os salários. Tem companheiros que só recebe, após entrar em greve. Não estamos falando de greve por aumento, de greve por PLR, estamos falando de greve por salários. É este cenário que Bolsonaro vai pegar em 2019, é este cenário que um Ministério do Trabalho forte fará toda a diferença. 

Companheiros, juntem-se ao Sindicato e não permita que seus direitos vão para o ralo. Os ataques estão aí. Fiquem atentos, tornar uma pasta tão importante em pizza não vai resolver o nosso problema, e poderá nos causar uma grande indigestão.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #12