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Campanha reforça luta pelo fim da violência contra a mulher

Por Auris Sousa | 25 nov 2024

Começa nesta segunda-feira, 25, a Campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” que, por meio de diversas pautas, busca alertar e sensibilizar a sociedade sobre a importância de combater todos os tipos de violência, garantir a segurança e a dignidade das mulheres em todas as esferas da sociedade.

Durante esses 16 dias, diversas organizações, instituições e grupos da sociedade civil se unem em prol dessa causa, promovendo debates, palestras, manifestações e outras atividades que visam chamar a atenção para as mais variadas formas de violência que muitas mulheres sofrem.  

De acordo com 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023 – o maior registro desde a sanção da lei que tipifica o crime, em 2015. Em 13% dos 1.467 feminicídios ocorridos em 2023, as mulheres já tinham uma medida protetiva de urgência ativa quando foram mortas.

Mulheres Negras sofrem mais

 Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, em 2023, as mulheres negras ou pardas sofreram mais com a violência psicológica, física ou sexual (6,3%) do que brancas (5,7%).

“É fundamental ressaltar a importância dessa campanha e de todas as demais iniciativas que visam o fim da violência contra a mulher. Todas as mulheres têm o direito de viverem livres de qualquer tipo de violência, seja ela física, psicológica, sexual, política, patrimonial ou moral. É imprescindível que a sociedade se una nessa luta e se comprometa a construir um mundo mais justo e igualitário, onde todas as mulheres sejam respeitadas e protegidas”, enfatiza a vice-presidente do Sindicato, Mônica Veloso.

Políticas de Combate

Neste sentido, o Brasil tem avançado em políticas de combate a violência contra às mulheres. Entre elas, estão: as campanhas nacionais de combate à Misoginia e o Feminicídio Zero, ambas utilizam a informação como estratégia de mobilização e sensibilização para fortalecer o combate.

“Algumas leis voltadas a proteção das mulheres também foram aprimoradas, mas necessitam de ampla divulgação aliada a ferramentas e espaços de denúncia e acolhimento das mulheres vítimas de violência”, avalia Mônica.

Entenda – A Campanha tem início no dia 25 de novembro em razão do Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e encerra em 10 de dezembro, no Dia Internacional dos Direitos Humanos. No entanto, é importante lembrar que a luta em combate a violência contra as mulheres não se resume a apenas 16 dias. Essa luta deve ser constante e permanente.

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Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #29