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Um trabalhador morre a cada 15 segundos por acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho, aponta OIT

Por Auris Sousa | 29 abr 2013

A falta de investimentos em prevenção, adoece, mutila e mata milhares de trabalhadores todos os anos. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), um trabalhador morre a cada 15 segundos por acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho, o que equivale a 2,34 milhões mortes por ano. Os números alarmantes reuniram dezenas de trabalhadores no Sindicato no sábado, 27, para discutir sobre a problemática.

A mobilização aconteceu um dia antes da data que celebra o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidente de Trabalho, 28 de abril, para informar, esclarecer e conscientizar os trabalhadores sobre o tema. No Brasil, de acordo com a Previdência Social, acontecem anualmente cerca de 2.884 mortes, sem contar os casos que não são subnotificados. “Com estes dados, notamos que o trabalho é tão perigoso quanto o Aedes Aegypti [mosquito da dengue]”, avaliou a coordenadora do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) Soleny Oliveira Pereira.

Acidentes que geram 14.811 aposentadorias por invalidez, que segundo a ONU, geram um custo de R$ 70 bilhões aos cofres do governo. Prejuízo que faz o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ajuizar ações regressivas nos casos de negligencias, por parte das empresas, às normas de segurança.

“Com as ações regressivas, o objetivo é ressarcir o INSS e ser um meio didático da empresa perceber que compensa investir em prevenção”, explicou Eurípedes Cestare, da Advocacia Geral da União – Seccional Osasco.

Durante o encontro, ficou claro para os trabalhadores que os riscos no local de trabalho podem estar presentes em pequenos detalhes. Além disso, perceberam que as principais armas para um ambiente seguro são: alerta, informação e prevenção.  “O encontro passou informações importantes que vão nos auxiliar na luta pelos nossos direitos”, avaliou um companheiro da T&C, de Embu das Artes.

Cipeiros de olho na prevenção – Durante o evento, o vice-presidente do Sindicato disse que a entidade dará todo apoio aos cipeiros na luta pela prevenção no local de trabalho. “Queremos que os cipeiros se envolvam cada vez mais sobre assuntos relacionados a saúde e segurança e sempre, que possível, nos cobre suporte”, enfatizou.

Após debates sobre amianto, mercúrio, e normas de prevenção, os trabalhadores fizeram um minuto de silêncio em memória às vítimas de acidentes. “Que este silêncio nos dê força para lutarmos cada vez mais pela saúde e segurança no local de trabalho”, desejou Monica Veloso, secretária-geral do Sindicato (licenciada) e secretária do Trabalho, Desenvolvimento e Inclusão de Osasco.

Organizaram o encontro: Sindicato, Cissor (Conselho Intersindical de Saúde e Seguridade Social de Osasco) e a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento e Inclusão de Osasco.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18