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Sindicato apoia reforma política e convoca trabalhadores para opinar

Por Auris Sousa | 03 set 2014

Até sábado, 6, o Sindicato vai coletar votos para o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Os companheiros que querem mudar a política atual devem comparecer a sede, subsedes, Metalcamp ou Metalclube e opinar.

Nestes dias, as urnas vão coletar respostas para a seguinte pergunta: “Você é a favor da convocação de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político? Cabe a pessoa, assinalar: sim ou não. Para votar, o interessado deve apresentar um documento oficial com foto, como RG e CNH.

Votos via internet – O Plebiscito vai receber votos também pela internet, entre os dias 1º e 7, no www.plebiscitoconstituinte.org.br. Essa urna virtual só aceita votos de pessoas devidamente identificadas e não permite duplicidade.

Com a votação via internet e milhares de urnas físicas que estão espalhadas pelo Brasil, inclusive nas dependências do Sindicato, a campanha espera atingir a meta de 10 milhões de votos.

Gráficos mostram que a população brasileira não é representada na Câmara do Deputados

Há anos a redução da jornada para 40 horas, o fim do fator previdenciário e outras pautas de interesse dos trabalhadores estão paradas no Congresso. Isso porque o sistema político é controlado pela elite e o poder econômico, logo os trabalhadores estão sub-representados. Segundo o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), dos 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores) eleitos em 2010, 273 são empresários, 160 compõem a bancada ruralista, 66 são da bancada evangélica e apenas 91 parlamentares são considerados representantes dos trabalhadores. 

“A representação política é contraditória, porque o sistema eleitoral é marcado por grave distorção da realidade brasileira, com forte presença do agronegócio e bancos. Por isso temos um governo travado”, ressalta o cientista político e historiador Francisco Fonseca. Ele explica que a reforma política deve garantir maior e melhor representação e participação da sociedade e, especialmente, da classe trabalhadora nos processos e espaços de debate e decisão. “A iniciativa do Sindicatos e movimentos sociais [em relação ao plebiscito] é importante, há anos a política está da mesma forma, sem perspectivas de mudanças”, avalia

Falhas – A forma com que acontece hoje o financiamento das candidaturas – maioria feita por grandes grupos empresarias – impede que a população de fato seja representada. Para Fonseca, uma das saídas para isso é o “financiamento público para as candidaturas, com forte expressão das pessoas físicas, com doação de valores baixos”. Ele também defende a não proliferação de partidos. “Temos 32 partidos e grande parte não tem expressão na sociedade e se fortalecem por coalizão. Temos que ter menos partidos, que sejam mais representados. As coalizações devem acontecer depois das eleições”.

Para que essa lógica antidemocrática acabe, Fonseca enfatiza: “a sociedade brasileira, os sindicatos, os movimentos sociais, populares, as organizações não governamentais devem se organizar e pressionar. Mas não devemos esperar apenas pela a constituinte, a cobrança já pode ocorrer nas eleições, com o voto no candidato que se comprometa com a reforma democrática”, orienta.

Mulheres não são representadas

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07