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Sindicato apoia investigação de crimes da ditadura

Por Cristiane Alves | 29 jul 2014

No debate que marcou os seus 51 anos, o Sindicato refirmou sua posição histórica de defesa da investigação e da Justiça em relação aos crimes cometidos pela ditadura militar. “Temos contribuído com a Comissão Nacional da Verdade e vamos colaborar com a busca de mais informações, mas também temos de discutir a questão da reparação às vítimas”, afirmou o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, na quinta-feira, 24, na sede, diante da plateia repleta de militantes que sofreram na pele a repressão.

Na mesa do debate, a membro da CNV (Comissão Nacional da Verdade), Rosa Maria Cardoso, junto de Roberto Espinosa, Roque Aparecido, Sônia Miranda, esposa de Joaquim Miranda, que participaram da Greve da Cobrasma; além de Sebastião Neto, membro do Grupo de Trabalhadores 13 (GT 13), ligado à CNV.

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O Sindicato participa do GT 13, que contribui na elaboração do relatório sobre os crimes da ditadura. Também, não poderia ser diferente, já que a resistência contra o golpe vem desde o nascimento da nossa entidade. “O Sindicato nasceu em 1963, no governo Jango, um ano depois houve o golpe e a primeira diretoria sofreu intervenção. Depois, em 1968, tivemos a Greve de Osasco, com a luta na Cobrasma, Lonaflex. Sofremos nova intervenção. Foi um período muito duro, mas de muita efervescência política”, conta Jorge.

Daí a importância de contar e valorizar essa história. “A ditadura se caracterizou pela mentira, pela ocultação. É lançar luz sobre nosso presente. Neste sentido, a CNV desempenha papel fundamental”, avaliou Roberto Espinosa.

O Sindicato também participa da articulação pela criação da Comissão Municipal da Verdade de Osasco, de um Museu do Trabalhador e de um Memorial em homenagem aos militantes vítimas da repressão.

Relação de presos – Por isso, uma das tarefas é levantar a relação dos trabalhadores que foram presos e torturados pela ditadura, especialmente entre os dias 17 e 19 de julho de 1968, período da Greve de Osasco. “Temos de nos lembrar, fazer uma relação dos nomes desses companheiros e trazer aqui no Sindicato”, orientou Roque Aparecido.

Os nomes podem ser entregues pessoalmente no departamento de imprensa do Sindicato ou pelo e-mail [email protected]. Na relação, precisa constar o nome de que a apresentou e contatos.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18