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Pressão popular faz Conselho de Ética aprovar a cassação de Cunha

Por Cristiane Alves | 15 jun 2016

Demorou seis meses, mas saiu a decisão do Conselho de Ética sobre a denúncia de quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara Eduardo Cunha. Por 11 votos a nove, os deputados acataram o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que afirma que Cunha quebrou o decoro ao mentir sobre ter contas no exterior durante depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras.

Decisão definitiva sobre o futuro de Cunha é do plenário

Decisão definitiva sobre o futuro de Cunha é do plenário

Segundo o relator, Cunha é o dono de pelo menos quatro contas na Suíça: Köpek; Triumph SP, Orion SP e Netherton. Rogério disse que as contas são verdadeiros “laranjas de luxo”. “Estamos diante do maior escândalo que este colegiado já julgou, não se trata apenas de omissão, de mentira, mas de uma trama para mascarar a evasão de divisas, a fraude fiscal”, disse. “Estamos diante de uma fraude, de uma simulação de empresas de papel, de laranjas de luxo criadas para esconder a existência de contas no exterior”, acrescentou.

O resultado é que a votação favorável à cassação contou não só com o voto de Tia Eron – a deputado do PRB que a mídia colocava como decisiva – como de aliados, que até poucos minutos defendiam Cunha. Foi o caso de Wladimir Costa, do Solidariedade.

A demora para que o colegiado chegasse a decisão proporcionou que Cunha comandasse o processo de votação que levou à admissão do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, apesar da incoerência e dos protestos dos movimentos sociais.

Mas, nesta terça-feira, a pressão finalmente surtiu efeito sobre os parlamentares. Agora, a decisão final cabe ao plenário da Câmara. Para que Cunha tenha o mandato cassado, é preciso pelo menos 257 votos, a maioria absoluta dos 513 deputados.

Precisamos fortalecer os protestos, nas ruas e nas redes sociais. [Com Ag. Brasil / Foto: Marcio Camargo/Ag Brasil]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18