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Miguel Torres
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Questão de Ordem e Progresso

Por Miguel Torres - Presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos)  01 fev 2017

barra_miguelA correção da tabela do Imposto de Renda é fundamental para que os salários dos trabalhadores não continuem sendo corroídos pela inflação, voltem a ter poder de compra e colaborem com o reaquecimento da economia.

Se o governo quer colocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, não pode ficar alheio a esta questão. Por isto, insistimos na necessidade de termos uma política tributária que efetivamente garanta a justa distribuição de renda, e a correção da tabela é um destes instrumentos.

De acordo com o Dieese, a tabela vem sendo corrigida por índices abaixo da inflação; acumula, de 1996 a 2016, uma defasagem de 83,10%. É preciso, portanto, corrigir urgentemente a tabela e fazer valer o artigo da Constituição, que diz que “sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte…”.

Neste sentido, defendemos também que as rendas mais elevadas passem a contribuir mais, compensando a perda de arrecadação (causada pela justa correção da tabela) e reduzindo o fosso das desigualdades.

O Dieese propõe a criação de duas novas faixas de renda tributável:

* Para a tabela atual – alíquotas de 30% para rendas de R$ 6.693,69 a R$ 8.367,10, e de 35% para rendas acima desse valor.
* Para a tabela com correção de 83,10% – alíquotas de 30% para rendas de R$ 12.256,35 a R$ 15.320,43, e de 35% para rendas acima desse valor. Nesta tabela estariam isentos quem ganha até R$ 3.486,25.

Nossas reivindicações são justas e buscam colaborar para o Brasil progredir com economia sólida e justiça social.

Miguel Torres
Presidente da CNTM

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08