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Gilberto Almazan
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Não abrimos mãos da nossa soberania

Por Gilberto Almazan - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 15 jul 2025

Há 57 anos, em julho de 1968, trabalhadores de Osasco cruzaram os braços e entraram para a história. A greve, que teve início na Cobrasma, se consagrou como um dos principais movimentos de trabalhadores frente a ditadura. Hoje, mais de meio século depois, a luta por soberania e respeito aos direitos da classe trabalhadora brasileira continua viva, mas os ataques se renovam.

O recente anúncio do tarifaço de Trump, que impõe, a partir de 1º de agosto, uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras, é uma questão meramente política. É um golpe contra a nossa economia, nossos empregos e nossa independência. Como o presidente Lula disse: “O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”. Logo, não pode aceitar que potências estrangeiras ditem o ritmo do nosso desenvolvimento.

Ao mirar nossas exportações, os Estados Unidos tentam enfraquecer nossa indústria, pressionar o agronegócio e aumentar sua vantagem, enquanto nós arcamos com desemprego, inflação e perda de competitividade. É diferente da repressão que sofremos em 1968, mas não deixa de ser uma forma de intervenção.

Honrar a memória da greve de Osasco é lembrar que o povo brasileiro nunca abaixou a cabeça para imposições. É hora de resistir, de exigir que o governo brasileiro defenda nossos produtores, imponha contrapartidas e busque novos parceiros comerciais. Defender o Brasil é proteger nossa democracia, nossa economia e o direito de crescer sem amarras externas.

A luta é permanente. A soberania se conquista na fábrica, na rua e também na pauta internacional. A organização é a nossa melhor defesa contra qualquer tarifaço e intimidação. Vamos juntos tornar o nosso país cada vez mais justo para todos e todas.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #25